Produção industrial registra a quinta alta seguida com avanço de 2,6%
O destaque ficou com os bens de consumo duráveis, que foram puxados pelas taxas positivas da indústria automobilística
Por Daniella Dias, às 09:56 - 04/11/2020 | Atualizado às 15:29 - 04/11/2020

O crescimento foi registrado em 22 dos 26 ramos pesquisados pelo instituto (Foto: Agência Brasil)
A produção industrial brasileira registrou a quinta alta seguida em setembro na comparação com agosto, com avanço de 2,6%. O resultado aponta recuperação das perdas de 27,1% acumuladas nos meses de março e abril, quando o setor atingiu o patamar mais baixo, por causa da pandemia do coronavírus.
De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, a indústria não apresenta cinco resultados positivos mensais seguidos desde 2012.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (4) pelo IBGE, o crescimento foi registrado em 22 dos 26 ramos pesquisados.
O destaque ficou com os bens de consumo duráveis, que foram puxados pelas taxas positivas da indústria automobilística; com veículos automotores, reboques e carroceria que tiveram avanço de 14,1%.
Segundo o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, a recuperação do setor industrial tem se mostrado mais rápida do que o esperado por causa de ações do governo durante a pandemia de Covid-19, como a liberação do auxílio emergencial.
Entre as atividades que também registraram taxas positivas pelo quinto mês consecutivo estão: produtos alimentícios; coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis; confecção de artigos do vestuário e acessórios de couro; e artigos para viagem e calçados.
Por outro lado, quatro atividades reduziram a produção em setembro, com destaque para as indústrias extrativas, com recuo de 3,7%. O setor teve o principal impacto negativo no mês. Impressão e reprodução de gravações, produtos diversos, e outros produtos químicos também registraram queda.
Na comparação com setembro de 2019, a indústria cresceu 3,4%. No acumulado do ano, o setor industrial recuou 7,2%. Já nos últimos 12 meses, a produção da indústria caiu 5,5%, indicando desaceleração na trajetória de perdas iniciada em março.
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